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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Curso de Nova Ortografia

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Capitulo 1 Acordo ortográfico Emprego de letras
META DA AULA
Apresentar as modificações introduzidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e o uso de letras com semelhança fonética.
OBJETIVOS
Ao final desta aula você será capaz de:
Escrever dentro das normas estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. Alcançam a acentuação de algumas palavras e modificam algumas regras de uso do hífen. 
Acentuação
FICA ABOLIDO O TREMA:
palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas linguiça, cinquenta, sequestro;
Jéssica C. P. Sampaio
B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO “O” EM
PALAVRAS TERMINADAS EM “OO”:
Palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas voo, enjoo, abençoo;
C) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA
TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM “EEM”:
Palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas leem, deem, creem, veem;
D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI
DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS:
Palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico passam a ser grafadas ideia, assembleia, heroico, paranoico;
2. Uso do Hífen
O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da língua portuguesa.
O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar seu uso mais racional e simples:
a) Manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que se grafe de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo).
b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes alterações:
- só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por h:
Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semi-hospitalar

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano).
- e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento
Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação,micro-onda, infra-axilar
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo “co-“, que em geral se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o” (coordenação, cooperação, coobrigação)
Com isso, ficou abolido o uso do hífen:
- quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas
Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom.
EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja, hiper-, inter- e super-
Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

- quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente
Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, antiaéreo, agroindustrial,
hidroelétrica
OBSERVAÇÃO
Permanecem inalteradas as demais regras do uso do hífen.
EMPREGO DE LETRAS
Letras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical
Exemplos: análise- analisar catálise- catalisador
casa- casinha, casebre liso- alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem
Exemplos: burguês- burguesa inglês- inglesa
chinês- chinesa milanês- milanesa
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
Exemplos:
catarinense gostoso/gostosa Amoroso/amorosa
palmeirense gasoso/gasosa teimoso/teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
Exemplos:
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose
5) Após ditongos
Exemplos:
coisa, pouso, lousa, náusea
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados
Exemplos:
pusemos, puseram, puséssemos quis, quisemos, quiseram repus, repusera, repusesse
Emprega-se o Z:
Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical
Exemplos: deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos
Exemplos: inválido- invalidez limpo-limpeza
macio- maciez rígido- rigidez
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza
surdo- surdez
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos
Exemplos:
realizar, civilização
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha
Exemplos:
cafezal, cafezeiro, arvorezinha
5) Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar,
catequizar, chafariz, cicatriz, cuscuz,
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z
Exemplos:
cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)

Capítulo 2 
Acentuação Emprego de Palavras
META DA AULA
Apresentar as regras de acentuação gráfica e algumas palavras de escrita semelhante, mas com significados diversos.
OBJETIVOS
Ao final desta aula você será capaz de:
Acentuar graficamente as palavras e empregá-las com correção.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Padroniza a leitura das palavras quanto à posição da sílaba tônica.
OBS.: Na aula 01 já vimos algumas alterações impostas pelo Acordo Ortográfico. Volte lá, se tiver dúvida.
Na escrita, nem toda sílaba tônica precisa receber sinal gráfico de acentuação (´ ou ^).
Posição da sílaba tônica: (palavras com mais de uma sílaba):
Oxítona – a sílaba tônica é a última.
Ex.: português, Tribobó, aluguel, fazer, dendê
Paroxítona – a sílaba tônica é a penúltima.
Ex.: relatório, apoio, bênção, cano, reforma
Proparoxítona – a sílaba tônica é antepenúltima.
Ex.: antepenúltima, tônica, sílaba, Lázaro, líquido
Os monossílabos (palavras com uma só sílaba) obedecem à seguinte regra: recebem sinal gráfico os que terminam em a(s), e(s), o(s).
Ex.: pá(s), chá(s), pé(s), pó(s), vê, três, mês
Oxítonos – recebem sinal gráfico os que terminam em a(s), e(s), o(s), em, ens.
Ex.: Canadá, café(s), freguês, robô(s), refém, reféns, alguém, (ele) retém, (eles) retêm

2. Paroxítonos – recebem sinal gráfico os terminados em:
i(s), us – Ex.: júri(s), táxi(s), lápis, bônus, vírus, biquíni
b) on(s) – Ex.: íon(s), próton(s), elétron(s)
c) r,x,n,l – Ex.: éter, repórter, tórax, xérox, éden, amável, sêmen, difícil
d) ps – Ex.: bíceps, Quéops, fórceps
e) ã, ãs – Ex.: ímã(s), órfã(s), Bálcãs
f) um, uns – Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, médium, médiuns

g) ditongo – Ex.: água, sério, ambulância, câmbio, história, família, gêmeos, órfão(s)
3. Proparoxítonos – todos recebem sinal gráfico.
Ex.: gráfico, oxítono, escândalo, quiséssemos, época, árvore, lâmpada

NÃO SE ESQUEÇA DESTA ALTERAÇÃO FEITA PELO ACORDO ORTOGRÁFICO:
Os ditongos EI, OI e EU, quando tônicos e abertos, só recebem sinal gráfico de acentuação se a palavra for um monossílabo (céu, réu, réis, dói…) ou se for oxítona (chapéu/s, papéis, anéis, mausoléu/s, anzóis…).
Portanto, escreve-se: assembleia, asteroide, tireoide, jiboia, heroico, ideia, androide, estreia, alcaloide, geleia…
Jéssica C. P. Sampaio
ATENÇÃO‼ Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), palavras como Méier e destróier mantêm o acento gráfico porque se enquadram na regra geral de acentuação (veja acima a letra c dos paroxítonos).



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